O que é a Eucaristia?
“O primeiro conteúdo da fé eucarística é o próprio mistério de Deus, amor trinitário (…) Na Eucaristia, Jesus não dá ‘alguma coisa’, mas dá-Se a Si mesmo; entrega o seu corpo e derrama o seu sangue. Deste modo dá a totalidade da sua própria vida, manifestando a fonte originária deste amor” (Papa Bento XVI – Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, n.º 7).
“Na Eucaristia, revela-se o desígnio de amor que guia toda a história da salvação (Ef 1, 9-10; 3, 8-11). Nela, o Deus-Trindade (Deus Trinitas), que em Si mesmo é amor (1 Jo 4, 7-8), envolve-Se plenamente com a nossa condição humana. No pão e no vinho, sob cujas aparências Cristo Se nos dá na ceia pascal (Lc 22, 14-20; 1 Cor 11, 23-26), é toda a vida divina que nos alcança e se comunica a nós na forma do sacramento: Deus é comunhão perfeita de amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo” (Papa Bento XVI – Idem, n.º 8).
“Do mistério pascal nasce a Igreja. Por isso mesmo a Eucaristia, que é o sacramento por excelência do mistério pascal, está colocada no centro da vida eclesial. (…) na celebração eucarística, os olhos da alma voltam-se para o Tríduo Pascal: para o que se realizou na noite de Quinta-feira Santa, durante a Última Ceia, e nas horas sucessivas. De fato, a instituição da Eucaristia antecipava, sacramentalmente, os acontecimentos que teriam lugar pouco depois, a começar da agonia no Getsêmani. Revemos Jesus que sai do Cenáculo, desce com os discípulos, atravessa a torrente do Cedron e chega ao Horto das Oliveiras. (…) O sangue que, pouco antes, tinha entregue à Igreja como vinho de salvação no sacramento eucarístico, começava a ser derramado; a sua efusão completar-se-ia depois no Gólgota, tornando-se o instrumento da nossa redenção…” (Papa João Paulo II – Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, n.º 03).
Qual sua importância?
“A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: ‘Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo’ (Mt 28, 20); mas, na sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par…
(…)o sacrifício eucarístico é ‘fonte e centro de toda a vida cristã’.1 Com efeito, ‘na santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo’.2 Por isso, o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no sacramento do Altar, onde descobre a plena manifestação do seu imenso amor” (Papa João Paulo II – Idem, n.º 01).
Como a Igreja celebra o mistério Eucarístico?
“O mistério eucarístico – sacrifício, presença, banquete – não permite reduções nem instrumentalizações; há de ser vivido na sua integralidade (…) Então a Igreja fica solidamente edificada, e exprime-se o que ela é verdadeiramente: uma, santa, católica e apostólica; povo, templo e família de Deus; corpo e esposa de Cristo, animada pelo Espírito Santo; sacramento universal de salvação e comunhão hierarquicamente organizada” (Papa João Paulo II – Ibidem, n.º 61).
Por que só o sacerdote pode presidir a Santa Missa?
“Para se suceder aos Apóstolos na missão pastoral é necessário o sacramento da ordem, graças a uma série ininterrupta desde as origens, de ordenações episcopais válidas (…) Por isso, se prescreve no Missal Romano que seja unicamente o sacerdote a recitar a oração eucarística, enquanto o povo se lhe associa com fé e em silêncio” (Papa João Paulo II – Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, n.º 28).
A Santa Missa é substituível?
“…os fiéis católicos, embora respeitando as convicções religiosas destes seus irmãos separados, devem abster-se de participar na comunhão distribuída nas suas celebrações, para não dar o seu aval a ambigüidades sobre a natureza da Eucaristia e, conseqüentemente, faltar à sua obrigação de testemunhar com clareza a verdade. Isso acabaria por atrasar o caminho para a plena unidade visível. De igual modo, não se pode pensar em substituir a missa do domingo por celebrações ecumênicas da Palavra, encontros de oração comum com cristãos pertencentes às referidas comunidades eclesiais, ou pela participação no seu serviço litúrgico” (Papa João Paulo II – Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, n.º 30).
* A Comunidade Paz & Mel, que produziu o presente, apenas selecionou os trechos de documentos oficiais da Santa Sé, inserindo ainda os questionamentos.
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